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https://www.thatgoodtrip.com/?p=3818 Já pensou em fazer algumas etapas do Caminho de Santiago no conforto de um trem? Esse ano a Renfe, companhia de trens espanhola, lançou o Trem Peregrino, uma proposta diferente...

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]]> Já pensou em fazer algumas etapas do Caminho de Santiago no conforto de um trem? Esse ano a Renfe, companhia de trens espanhola, lançou o Trem Peregrino, uma proposta diferente (e confortável) de fazer um trecho do Caminho de Santiago Português da Costa com um quarto garantido no final do dia.

Há sempre uma longa discussão sobre as diferenças entre ser um peregrino e um turisgrino, sobre os peregrinos que fazem trechos em ônibus e chegam antes à cidade (conseguindo uma cama em albergue sem nem ter suado a camisa e tirando o direito dos outros peregrinos que chegam com as suas próprias pernas), sobre quantos quilômetros deveria ser o mínimo para ganhar a Compostela.

caminho de santiago portugues

Pois bem: como já fui ao Caminho 7 vezes até hoje (e pretendo que esse número só aumente), posso dizer que já vi de tudo. E também já entendi várias razões que, à primeira vista, não se vê. A gente não sabe o que se passa com uma pessoa que prefere enviar sua mochila de carro e caminhar com o mínimo de peso possível. Não temos uma bola de cristal para adivinhar os mais diversos motivos pelos quais as pessoas fazem o Caminho de Santiago de uma maneira ou de outra. Por isso, eu já não julgo e nem culpo ninguém. Cada um tem os seus motivos e temos que respeitá-los.

Por isso, a proposta da Renfe pode não ser bem vista por alguns, mas certamente vai ajudar pessoas que não podem ser um peregrino da maneira mais “tradicional” mas que gostariam de viver as emoções de trilhar essa rota no Campo das Estrelas. Com uma vantagem: essas pessoas não vão “roubar” camas em albergues 😉

caminho de santiago de compostela mapa

Trem Peregrino no Caminho de Santiago Português

O trem sai de Madrid e, durante 5 dias, faz paradas nas seguintes cidades: Vigo, Pontevedra, Villagarcia de Arousa, Santiago e volta a Madrid. No pacote estão incluídos 4 cafés da manhã e 2 jantares, na primeira e última noite.

A hospedagem é em cabines duplas com beliche (que de dia se transforma em sofá), banheiro completo individual e televisão. O Trem Hotel Talgo Série 7 tem também uma cafeteria e restaurante, caso você queira fazer uma refeição ou lanche.

caminho de santiago de compostela trem

A novidade em 2018 é que, fazendo 4 trechos mais longos a pé ou em bicicleta, você vai poder ganhar a Compostela, que é o diploma que comprova ter trilhado pelo menos 100 Km do Caminho. Mas vai precisar ter a credencial do peregrino com pelo menos 2 carimbos em cada trecho, pra comprovar que realmente esteve lá. O trem vai permitir que você embarque com a sua bicicleta.

CAMINHO DE SANTIAGO EM FAMÍLIA

Os trechos propostos para obter a Compostela serão:

  • De Tuy a Redondela
  • De Redondela a San Amaro
  • De San Amaro a Padrón
  • De Padrón a Santiago de Compostela

Um ônibus vai levar os peregrinos até o início das etapas acima. Quem não tiver preparo físico para fazer os quilômetros propostos acima tem a opção de fazer os seguintes trechos menores (sem mochila):

  • De Arcade a Pontevedra: 13 km
  • De Pontevedra a San Amaro: 8,7 km
  • De Milladoiro a Santiago de Compostela: 7,5 km

caminho de santiago de compostela quantos dias

E tem até um programa pra quem não vai querer fazer nem um, nem outro: pode-se fazer visitas turísticas a várias cidadezinhas da rota como Valença do Minho, Tuy, Vigo, A Toxa, O Grove, Cambados, e as próprias cidades onde o trem parar.

Pazo de Rubianes

Foto: @juantiagues / Creative Commons

Claro que tanto conforto tem um preço: o pacote de 5 dias e 4 noites custa 675€ para adultos e 405€ para crianças. As saídas são nas seguintes datas durante o mês de agosto, em 2018:

  • 1/08
  • 08/08
  • 15/08
  • 22/08

trem peregrino santiago

Veja nesse link o roteiro completo do Trem Peregrino e programe-se!

Caso você tenha gostado do roteiro mas quer economizar um pouco, outra alternativa é fazer essa viagem em ônibus ou carro e se hospedar em hotéis nas cidades onde o trem para. Veja a oferta de hotéis nas seguintes cidades:

Conheça mais sobre o Caminho Português da Costa e, caso esteja buscando um guia de como se preparar para o Caminho de Santiago, clique aqui e faça o donwload grátis!

Guia Caminho de Santiago That Good Trip

*Informações e fotos que ilustram o post: Renfe.

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]]> O Caminho Português da Costa tem 12 etapas e é uma ótima opção pra todos os tipos de peregrinos desde os “virgens”, que nunca fizeram nenhum dos caminhos anteriormente, até os “experimentados”, que já fizeram o Caminho Francês inteiro ou alguns trechos, e até outros caminhos, e que agora buscam outros ares pra se aventurar. O Caminho Português tem ainda o atrativo de começar em um país de língua portuguesa pra, no 5º dia, mudar para o espanhol.

Além disso, como em todos os Caminhos de Santiago, não é necessário levar um guia do Caminho Português da Costa. Ele está bem sinalizado com flechas amarelas, principalmente se a cidade de partida é o Porto, em Portugal. Mas, se quiser saber anteriormente a altimetria do terreno e as características do percurso, esses guias do Caminho de Santiago podem ser úteis pra levar no celular.

porto-caminho-portugues-da-costa

Outra vantagem desse Caminho é que você terá alguns dias pra se deliciar com a culinária portuguesa e seu bacalhau, o arroz de polvo, os pastéis de nata e a alegria especial das pessoas. Não tem como não se envolver com a maneira que eles tratam os peregrinos que vão descobrir os seus caminhos.

Leia também: O QUE FAZER NO PORTO (ANTES OU DEPOIS DO CAMINHO)

O Caminho Português é o segundo percurso mais escolhido pelos peregrinos: 16,44% o percorreram em 2015 contra 65% de peregrinos que escolheram o Caminho Francês, segundo dados da Oficina de Acolhida ao Peregrino em Santiago de Compostela. Mas o Caminho Central Português ainda ganha do Caminho Português da Costa – pena que nas estatísticas eles não separam um do outro.

Caminho Português da Costa, Baiona

Veja os 12 vídeos (todos têm menos de 2 minutos) da minha experiência no mês de agosto, um mês geralmente considerado “ruim” por causa das férias, mas que, pra mim, de ruim não teve nada! Trajeto vazio, quase não via peregrinos durante o dia e o albergue municipal no final de cada etapa sempre era suficiente para todos. Quando o Caminho da Costa encontra com o Caminho Central começamos a ver muito mais gente, mas nada do outro mundo. Seguindo as recomendações que deixo nos vídeos, é possível peregrinar tranquilamente e descobrindo o que o Caminho tem a nos mostrar com a agradável companhia dos portugueses e de estrangeiros de todas as nacionalidades. Vem comigo?

Leia também:

Dia 1: Porto a Póvoa de Varzim (39,2 Km)

Agora a cidade do Porto já conta com o Albergue de Peregrinos do Porto, com ótimas instalações. Os outros albergues da cidade chamam-se Casa Diocesana (com apenas 12 lugares) e Nossa Senhora do Rosário de Vilar. E ainda há uma quarta opção que é o Albergue da Juventude, que fica perto da Foz, mas é um pouco afastado do centro do Porto.

Outros alojamentos recomendados na cidade são o Porto Downtown Hostel , que fica perto do metrô Aliados e tem quarto duplo econômico e café da manhã, e caso você queira uma localização excelente no centro da cidade e algo mais de conforto, o iStay Hotel Porto Centro é o que você precisa. Já fiquei lá 2 vezes e chega-se à Sé facilmente caminhando, que é onde começa o Caminho Português da Costa. E se você quiser ter uma experiência diferente e dormir dentro da Estação São Bento, no Porto, aquela maravilhosa, toda cheia de azulejos que contam a história de Portugal, conheça o The Passenger Hostel.

Pronto, os alojamentos recomendados no Porto já estão todos aí com seus respectivos links pra reserva. Desculpem começar a descrição da 1ª etapa assim, mas como muita gente pede dicas de onde dormir antes de começar a peregrinação, ainda mais em uma cidade grande como o Porto, achei melhor dar ênfase a isso. Agora vamos ao Caminho 🙂

Saí cedinho e com um intenso nevoeiro e fui seguindo o que muitos portugueses me recomendaram que é a Senda Litoral, ou seja, todo o tempo fui ao lado do mar. Pra cruzar a ponte depois de Matosinhos é bem caótico. E ao começar um Caminho você sempre se sente um bebê perdido, então é preciso paciência. Conheci um casal alemão lá pelas 13h e, mais tarde, parei em Vila do Conde pra descansar e segui firme até Póvoa do Varzim (mas cheguei acabada).

Da próxima vez vou preferir dividir a etapa em 2 e dormir no albergue São Tiago de Labruge (há placas no percurso sobre como chegar lá) ou na Casa da Praia Guesthouse, também em Labruge. Ou vou dormir em Vila do Conde no Albergue de Peregrinos Santa Clara, e, caso este esteja cheio, outras opções ao pé do Caminho Português da Costa são o Bellamar Hostel, o Erva Doce Guest House ou o 3 estrelas Hotel Brazão.

Dia 2: Póvoa de Varzim a Marinhas (23 Km)

Saí do albergue de peregrinos São José de Ribamar, em Póvoa de Varzim, com uma espanhola, a Laura, e com dois portugueses que conheci no dia anterior, o Miguel e a Paula. Já não estava mais sozinha! Já em Esposende paramos pra almoçar em um lugar que eles recomendaram e depois seguimos até o albergue São Miguel, que é da Cruz Vermelha, em Marinhas. Fica pertinho da praia, então dá pra fazer um picnic de frente pro mar. Era tudo o que eu buscava!

Outras opções de hospedagem em Póvoa de Varzim são o albergue Sardines and Friends e a Junqueira Guest House. Caso decida dormir em Esposende, que fica 4 Km antes de Marinhas, as opções de hospedagem recomendadas são o Hostel Eleven , a Esposende Guesthouse e o Hotel Suave Mar, que tem até piscina 😉

Dia 3: Marinhas a Viana do Castelo (21 Km)

Como nas minhas visitas a Portugal eu ainda não tinha conhecido Viana do Castelo, essa era minha grande oportunidade. Hoje o caminho foi tranquilo e cheguei com a Laura a Viana do Castelo sem problemas. Almoçamos no centro e esperamos o albergue São João da Cruz dos Caminhos abrir às 15:00 para poder entrar. Aproveitamos pra subir de funicular e conhecer a igreja de Santa Luzia e suas vistas. Aliás, há um albergue maravilhoso lá em cima, com vistas de cair o queixo!

Em Viana do Castelo há outras opções de hospedagem como a Pousada da Juventude, o Avenida Central Viana Hostel e o Enjoy Viana Guest House, estes dois últimos situados no coração do centro histórico.

Dia 4: Viana do Castelo a Caminha + barco para A Guarda (Espanha) (33 Km)

(observação: até Caminha são 29 Km, até A Guarda são 33 km seguindo as flechas e 39 km seguindo a costa)

Na saída da cidade coincidimos na padaria com 2 portugueses, o Avelino e o Manuel, e saímos todos juntos conversando animadamente. Todos eles ficaram no albergue de peregrinos de Caminha e eu queria já seguir para A Guarda nesse mesmo dia (deveria ter dormido em Caminha, pois essa última parte foi demais pras minhas pernas). Estava sozinha de novo, mas o maravilhoso hospitaleiro Antón do albergue de peregrinos de A Guarda me recebeu tão bem e me fez uma tortilha de batata e chouriço que eu estava feliz com esse novo “recomeço” em solo espanhol. Essa foi a última etapa em Portugal.

Outras opções recomendadas por peregrinos pra dormir em Caminha: Arca Nova Guest House & Hostel e Muralha de Caminha, que fica a 200 m ou 4 minutos andando até o ferry para A Guarda. E se você decidir cruzar para A Guarda, deixo três outras opções: o Hostal del Mar, que fica bem na saída para o Caminho Português da Costa (mas a 1 Km do centro), o Hotel Bruselas e o encantador Hotel Monumento Convento de San Benito. A Guarda é uma cidade linda, não dá vontade de ir embora!

Dia 5: A Guarda a Mougás (23,4 Km)

Subi o Monte Santa Tecla de manhã (recomendo), me perdi no meio das pedras no mar (sigam as setas aqui que é melhor), mas lá pra frente soube que não fui a única a me perder. Nesse trecho há muitas casas curiosas em forma de barco! Cheguei no albergue Aguncheiro cansadíssima, mas uma sangria com novos amigos da Lituânia, Hungria e República Checa me curaram! Vimos o por do sol nas mesas do restaurante que fica do lado do albergue Aguncheiro.

Em Mougás não há outras opções de hostels, mas caso você esteja só o pó de tanto caminhar, há uma opção um tanto convidativa que se chama Talaso Atlántico.

Dia 6: Mougás a Ramallosa (17 Km)

Combinei de sair com a nova amiga da Lituânia, a Justina. Fomos seguindo a costa e as vistas são de tirar o fôlego, ainda mais no amanhecer. Chegamos juntas no hotel de Ramallosa que é 5 estrelas e tem uma parte reservada para os peregrinos – se chama Pazo Pías. Comemos pizza com o casal tcheco e fomos fazer uma siesta na praia América – que estava coberta por um nevoeiro! Na volta compramos insumos no mercado e fizemos janta-picnic no jardim com vários peregrinos. Não perca o “horreo” gigante no gramado da entrada do hotel!

Se quiser dormir bem em frente à praia América que mencionei acima, o Hotel Miramar é uma ótima opção. Caso você opte por dormir em Baiona, que fica a 4,5 km antes de Ramallosa, lá não há albergue de peregrinos. Os hostels recomendados por peregrinos são o Baionamar e o Estela do Mar. E também tem o hotel Carabela La Pinta que fica bem no centro de Baiona.

Dia 7: Ramallosa a O Freixo (17 Km)

Saímos dessa vez em um grupo de 4: Justina, Niki e Jan (os tchecos) e eu. Todos queríamos ir pela montanha para pernoitar longe da civilização em O Freixo (ligue para avisar: +34 679 652 431) e não por Vigo, então seguimos as flechas verdes. Fomos recebidos no albergue pelo famoso e encantador Luis, responsável por cuidar de toda aquela área e dos peregrinos, e pelo Flávio, um italiano que já havíamos coincidido em outras etapas. Lá é mais fresco, por ser montanha, e não tem um “pueblo”, então ficamos por ali relaxando e conversando a tarde toda! E tem bastante espaço no albergue que é gerenciado pela associação de vizinhos e tem um bar/ restaurante onde pode-se comer super bem.

Se você for seguir por Vigo, a maioria dos peregrinos se hospeda no Kaps Hostel. Outras opções são o Hostal Continental e o Hotel Alda Puerta del Sol, os dois situados no centro histórico da cidade.

Leia também: QUANTO CUSTA FAZER O CAMINHO DE SANTIAGO?

 

Dia 8: O Freixo a Redondella (23 Km)

Foi um dia muito bacana já que estávamos em muitos, e todos conheciam bem onde parar pra tomar um aperitivo, onde comprar pão, qual vinho escolher, etc. Até fomos convidados pelo padre de uma capela a entrar na casa dele e tomar chocolate quente – isso que estávamos em 10 pessoas! Em Redondella ficamos no Albergue Rosa de Abreu, já que o municipal já estava cheio (a partir de agora os dois caminhos de juntam, então estará bem mais cheio). Outras opções são o Albergue Santiago Apostol de Redondela, que tem ar condicionado (bom pro verão), o albergue A Casa da Herba e  a pensão Rúa do Medio, que aceita animais.

Dia 9: Redondella a Pontevedra (18,8 Km)

Fomos pela praia (sem seguir as setas, pra variar) e paramos depois da Ponte Romana pra comer chocos, que são calamares pequenos. Delícia! Antes de chegar na cidade seguimos o caminho que vai pelo rio, é bem agradável e com muita sombra. O albergue Virgen Peregrina de Pontevedra é enorme e havia festa na cidade!

Foi meio difícil dormir com tanto barulho e gente conversando nos jardins até altas horas. Na segunda vez que passei pela cidade, fazendo a Variante Espiritual do Caminho Português, fiquei hospedada bem em frente ao albergue, no Hostal Peregrino, e foi uma excelente opção. Se quiser ficar no centro histórico, hospede-se no Slow City Hostel.

Caso queira ficar um dia a mais nessa linda cidade e conhecer melhor a Ribeira Sacra, dê uma olhada nesse tour que ele pode te interessar 😉

Dia 10: Pontevedra a Briallos-Portas (16,6 Km)

Tomamos café na estação de trem, que fica do lado do albergue, e partimos. As russas pegaram o desvio para a Variante Espiritual, nós dessa vez seguimos pelo Português mesmo. Briallos fica 5 Km antes de Caldas de Reis e estava vazio e bem gostoso! Fizemos jantar, comprando os insumos em um mercadinho próximo, e siesta.

Se for ficar em Caldas de Reis, além do albergue de peregrinos La Posada de Doña Urraca, temos o albergue O Cruceiro, com um bar no térreo, onde você pode comer e jantar, e a Pensión As Burgas, com ar condicionado.

Dia 11: Briallos-Portas a Herbón (22,3 Km)

Passamos por Caldas de Reis e pusemos os pés nas fontes de água quente no meio da cidade. No seguinte pueblo paramos pra comer pimentos de padrón e depois até entramos em um rio pra refrescar. O Caminho estava chegando a seu fim e queríamos aproveitá-lo em cada suspiro. O Monastério de Herbón, onde dormimos, é enorme e lindo, teve até missa do peregrino. Vale a pena fazer o desvio, que está bem sinalizado.

Se você terminar a etapa em Padrón, além do albergue de peregrinos da cidade, estas são as opções recomendadas por peregrinos: A Barca de Pedra, bem no centro histórico, O Pedrón, com ar condicionado, e o Hotel Rosalía, pra quem quer um pouco mais de conforto.

Dia 12: Herbón a Santiago de Compostela (26,5 Km)

Fomos acordados tranquilamente, tivemos nosso último café-da-manhã juntos e partimos. O último dia do Caminho Português é bastante cansativo se comparado com o Francês, e você entra em Santiago por outro lado. Chegamos embaixo de chuva mas muito felizes, com novos e queridos amigos e belíssimas recordações desses 12 inesquecíveis dias.

Veja as minhas dicas de hospedagem em Santiago de Compostela, todas testadas e aprovadas:

Hospederia San Martín Pinario: Fica em frente à catedral de Santiago, em um mosteiro convertido em hospedaria. Além do edifício ser maravilhoso, os quartos para peregrinos (busque esses) têm banho privativo e são baratos.

Pensión Residencia Fonseca: São poucos quartos novíssimos e modernos, com banheiro no corredor. Fica bem no centro de Santiago e você pode dividir o quarto com até 4 pessoas, livrando-se dos roncos e barulhos de um hostal.

Albergue The Last Stamp: Fica a 100 metros da catedral em um edifício histórico transformado em hostal. É super moderno, possui armários individuais com senha eletrônica e é bastante confortável.

San Francisco Hotel Monumento: Se você quer dar um descanso merecido às suas pernas depois da chegada a Compostela, esse é o lugar ideal. Tem piscina, jacuzzi (com jatos de água que fazem aquela massagem revigorante), e fica dentro de um antigo convento.

Espero que esses vídeos ajudem-no na sua preparação para o Caminho Português da Costa! Pra continuar recebendo em primeira mão os novos posts sobre o Caminho de Santiago, é só curtir o That Good Trip no Facebook e seguir nosso Instagram e Twitter.Guia do Caminho de Santiago de Compostela That Good Trip

Se tiver dúvidas sobre a preparação para o Caminho, como organizar os itens em uma mochila pequena e útil, como escolher os albergues e outras dicas, faça o download desse guia grátis! E pra quaisquer outras questões, deixe um comentário aqui abaixo que eu respondo todos! Bom Caminho!

*O mapa e a tabela abaixo são clicáveis! Assim você consegue guardar essas imagens com alta qualidade para usar no seu Caminho 🙂 Agradecimentos ao Manuel Rocha!

Mapa do Caminho Português da Costa

Albergues do Caminho Português da Costa

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]]> Já fui 5 vezes ao Porto e cada uma delas foi diferente. Por isso quando recebi o convite para participar do II Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros naquela cidade, lembrei que o Porto encanta e fui logo buscar vôos entre os dias 13 e 15 de novembro de 2015. A constatação de um dos bons motivos que sempre me levaram pra lá: 56 euros ida e volta, saindo de Madrid. Não tem nem o que pensar, né?

Passagem comprada, confirmei à queridíssima Rita Branco, organizadora do evento, a minha presença. E o que aconteceu nas semanas e meses seguintes foi muito bacana. Ela ia nos contando sobre as pessoas que iam participar também, os passeios que estavam na programação e, pouco a pouco, minha vontade de voltar à cidade ia crescendo, assim como a minha empolgação por estar prestes a encontrar mais de 40 blogueiros brasileiros que moram na Europa. Um encontro assim, de troca de experiências e de conhecer mais a fundo uma cidade europeia, sempre deixa boas e felizes lembranças na volta pra casa. O apoio que tivemos da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal foi excelente.

Eu já tinha estado no Porto em agosto desse ano para percorrer o Caminho Português da Costa, que me levou da Catedral da Sé até a Catedral de Santiago de Compostela, na Espanha, em 12 dias. Revi por onde passei e meu deu uma sensação bem gostosa lembrar da minha caminhada, sozinha, de mochila nas costas e de praia em praia.

porto-caminho-portugues-da-costa

Mas dessa vez, na companhia da excelente Marisa, que é guia oficial de turismo da cidade (e nos falou o tempo todo com um ótimo sotaque brasileiro, pra não haver desentendimentos hehe), tive novas experiências e conheci outros lugares na companhia de todos. E consegui resumir em 10 os motivos que emocionam os visitantes que vão ao Porto.

Afinal, por que o Porto encanta?

Porque os portugueses são muito “giros”. Eles são simpáticos, sorridentes, amigáveis (incluindo os gentis garçons), querem te ensinar coisas a todo instante e fazê-lo se sentir em casa 🙂

porto-lusiadas

Porque há infinitos azulejos por todos os lados, nas igrejas, nas estações de trem, nas fachadas das casas. Todos com ilustrações que contam a história do país, ou apenas desenhos incríveis. Não dá pra não ficar parado admirando tudo aquilo. A foto a seguir é do interior da catedral da Sé.

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Porque as vistas de cada margem do rio Douro são lindas! Na região da Ribeira você tem a sensação de estar vendo a materialização de um joguinho de madeira que muita gente teve quando era criança, que você ia montando as peças até formar uma cidade. Acho que se inspiraram no Porto pra confeccioná-lo 😉

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Porque os barcos de madeira ancorados em Vila Nova de Gaia são um convite a cruzar a ponte Don Luís I para vê-los de perto e de quebra ir provar a bebida nacional numa das muitas “caves” de vinho do Porto espalhadas por lá.

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Porque você também tem a opção de fazer um passeio de barco e ter outra visão de tudo que até agora você só viu de cima.

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Porque o mundo sempre é mais feliz e colorido depois que você come pastéis de nata (sim, no plural, porque comer um só, além de ser pouco, é impossível).

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Porque há uma ciclovia de ponta a ponta da costa, que é um convite a disfrutar o vento no rosto e as lindas vistas. Nosso passeio foi do Castelo do Queijo até o Farol de São Miguel e terminou num food truck de (adivinha!) pastéis de nata e chás deliciosos.

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Porque você pode voltar no tempo e usar o “elétrico”, o que nós chamamos de bondinho. O motorista vai acelerando e freando e é incrível ser testemunha de que aquele tipo de transporte ainda funciona (agora só para turistas), sem contar nas vistas e na tranquilidade do passeio.

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Porque você pode comer peixes e frutos do mar frescos e cheios de sabor, como os que provamos durante os três dias que estivemos na cidade. Os restaurantes no Porto e lugares onde estivemos eu vou citar em outro post exclusivo só pra falar da parte de descobertas gastronômicas (e outras) dessa viagem.

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Porque você vai conhecer a tradição dos trajes de universidade que os alunos a partir do segundo ano usam em ocasiões especiais. Muitos deles fazem parte das “tunas”, grupos formados por alunos do mesmo curso que tocam, cantam e se apresentam em eventos, na rua e onde você menos esperar, como aconteceu no nosso último dia.

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E aqui um video de como foi a apresentação da Tuna da Faculdade de Medicina:

Aguardem os próximos posts sobre o encontro e as dicas do Porto! É só seguir as hashtags #IIEEBB, #followporto e #visitporto no Facebook, Instagram e Twitter!

Esse fim de semana no Porto teve a excelente companhia dos blogueiros dos seguintes blogs:

Sol de Barcelona, Milão nas Mãos, Agenda Berlim, Almost Locals, Barcelona Emociona, Brasileiros Mundo Afora, Chicken or Pasta, Direto de Paris, Travel with Pedro, Viajoteca, De Café por Barcelona, Esto es Madrid Madrid, No Mundo da Paula, Rumo a Madrid, Turismo em Roma, Carta sem Portador, Brazuka, Vivi em Madrid, Eu ando pelo mundo, O mundo que eu vi, Handmade by Savanna, Ká entre nós, Londres com crianças, Viajar pela Europa, 360 Meridianos, Cultuga, Trend Tips, Eurodicas, Cantinho da Irina, O Porto Encanta, Ducs Amsterdam, Aprendiz de Viajante, Creativelena, Viaje Comigo, Pinstagram Guy

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]]> O Caminho Portugues da Costa me conquistou. Pensei que nunca fosse conseguir deixar de lado o Caminho Francês a Santiago. São tantos anos indo e voltando a ele, tantas histórias, tantas novas amizades e emoções que eu achei que ele já estivesse grudado em mim pra sempre. Mas ao receber, de última hora, 2 semanas livres no trabalho e já tendo feito o trecho de Sarria a Compostela na Semana Santa desse ano (pela terceira vez), comecei a pensar em alternativas.

Eu queria ver praia e paisagens bonitas nesse período, sem ter que deixar os bolsos vazios no processo. Fui à minha bucket list e percebi que tenho vários Caminhos de Santiago em espera a serem percorridos, e decidi que já era hora de ir riscando outros e ir fazendo a fila andar.

Decidi então pelo Caminho Portugues da Costa, que foi um presente tão gostoso de ser desfrutado na primeira quinzena de agosto que agora eu desejo que todo mundo também vá sentir tudo o que eu senti. Sem correria, sem peregrinos em excesso disputando uma cama em um albergue, e com a simplicidade e gentileza do povo português que faz toda a diferença nesse caminho.

ETAPAS DO CAMINHO PORTUGUÊS DA COSTA

Mas afinal de contas, por que o Caminho Portugues da Costa é giro?

É um caminho novo, quase intocado (que está ganhando mais importância e afluência de peregrinos a cada ano que passa). No primeiro dia parti às 7h e segui a senda do litoral, que vai beirando o mar todo o tempo e, pra vocês terem uma idéia, só fui encontrar um casal de peregrinos alemães lá pelas 13h. Andei com eles até Vila do Conde e depois sozinha de novo até Póvoa de Varzim. Dá uma sensação de estar descobrindo um lugar novo e inexplorado. Nem muitas flechas nem carimbos – só fui conseguir um no escritório de turismo de Leça da Palmeira. (Observação: giro, em português de Portugal, quer dizer bacana, legal – caso você seja um brasileiro lendo esse post)

Caminho Portugues da Costa: primeiros peregrinos que encontrei, alemães

É um caminho que se faz em companhia dos portugueses. Como acontece no Caminho Francês com os espanhóis, os portugueses fazem um par de dias do Caminho Portugues da Costa (ou mesmo o Central) no fim de semana ou quando têm tempo livre. Eles são ótimos anfitriões, nos explicam sobre as algas do mar que são usadas como fertilizante na agricultura (sargaço), nos desviam da rota das flechas para levar-nos a algum restaurante ou bar escondido (e bom), nos ensinam que nos bombeiros antes de chegar a Esposende dá pra carimbar a credencial e que indo pela costa o tempo todo é mais giro que ir por onde o caminho original manda, apesar de não ter nenhuma seta.

Caminho Portugues da Costa: Peregrinos atacando uma pizza

Todos os hospitaleiros e peregrinos portugueses ajudam com dados sobre a próxima etapa e o próximo albergue e até ligam para avisar que vamos chegar mais tarde ou fazem reserva em nosso nome, quando se permite. Cheguei às 20h no meu primeiro dia e o hospitaleiro já estava preocupado com a minha demora. E a maioria deles também faz parte desses grupos do Caminho de Santiago no Facebook, então eu me surpreendia muitas vezes quando chegava a um albergue ou escritório de turismo e o responsável já sabia até o meu nome. Primeiro fiquei surpresa e com a sensação de que meus passos estavam sendo controlados, mas depois relaxei e vi que isso era até bom, caso acontecesse alguma coisa meu paradeiro estava bem vigiado hehe

DICAS DE HOTÉIS COM DESCONTO NO PORTO!

O Caminho Portugues da Costa não está acabado totalmente, então os habitantes locais fazem a sua parte, complementando e ajudando a pintar flechas, levando os peregrinos a lugares especiais perto do albergue para ver um por do sol especial, acompanhando no trajeto por alguns quilômetros e parando na frente de uma igreja para explicar os vários significados dos símbolos que víamos ali. Numa dessas paradas o padre nos ouviu, veio cedo abrir a igreja para nós, carimbou nossas credenciais e ainda nos chamou para tomar chocolate quente com biscoitos na sua casa. Além de ter tomado o pequeno almoço na casa do padre, também tomei uma sopa quentinha acompanhada de vinho no albergue de O Freixo, feita pelo próprio responsável do albergue, o Luis. Sem esquecer do querido hospitaleiro de A Guarda, Antón, que foi até sua casa fazer uma tortilha de batatas e chouriço porque me viu chegar ao seu albergue cansadíssima e faminta. Um luxo para poucos!

Caminho Portugues da Costa: Albergue O Freixo, junto com o Luís

Os primeiros dias do caminho são todos percorridos através de passarelas de madeira que passam por cima das dunas, preservando-as. São quilômetros sem fim muito confortáveis de andar, em que dividíamos espaço com as pessoas que iam fazer sua corrida ou caminhada matinal. Se não quiser, não se pisa em nenhum momento na areia da praia, mas você está caminhando como se estivesse nela. Sol, neblina, brisa do mar e lindas vistas acompanham todo o percurso, que tem placas explicando a história de cada lugar.

Caminho Portugues da Costa: Passarelas de madeira

Como o Caminho Portugues da Costa ainda é novo, não está cheio de bares e cafeterias a cada 5 quilômetros, então é preciso levar tudo o que você pensa em comer e beber durante todo o dia, já que na hora que der fome pode ser que você esteja no meio do nada e o próximo local habitável esteja a 10 km dali. Pelo menos até entrar na Espanha foi o que percebi, já que até então eu estava acostumada com o Caminho Francês e toda a sua estrutura que faz com que você não precise levar nada porque há bares, comida e água disponíveis o tempo todo. Ali eu comia meus sanduíches debaixo de uma árvore, na beira da praia ou em bancos perto de rios. Quando esse caminho se junta ao Caminho Central já muda bastante, mas até chegar em Redondela há pouca estrutura e exploração comercial aos peregrinos, para nossa alegria.

Caminho Portugues da Costa: Praia da Âncora, Portugal

Há poucos peregrinos e os albergues ainda são suficientes para todos eles no Caminho Portugues da Costa. O mais bacana é que, quanto menos pessoas, melhor você conhece cada uma delas – pelo menos ao chegar aos albergues no fim do dia. Há muitas nacionalidades curiosas nesse trecho: grupos enormes da Polônia, pessoas da Hungria, Alemanha, República Checa, Lituânia, Rússia e alguns grupos de espanhóis e de portugueses. Vi vários pais (ou mães) e filhos caminhando juntos.

No trecho que coincide com o Caminho Central vi várias excursões, pessoas andando sem mochila e por isso fomos optando por dormir em locais alternativos, como o albergue novinho de Briallos (5 km antes de Caldas de Reis) e o monastério de Herbón, 2,5 km antes de Padrón. Ah sim, isso foram recomendações de um hospitaleiro-peregrino italiano, o Flavio, que estava fazendo as mesmas etapas e rimos um bocado com ele durante vários dias.

Caminho Portugues da Costa: Baiona

Mas o que mais me emocionou foram os portugueses (e galegos) que conheci. Esses sim me atrasavam a chegada ao fim de algumas etapas! Eles são bons de conversa e muito simpáticos, e foi muito interessante conhecer mais sobre eles e ver que sentem orgulho desse novo caminho que passa pelas suas cidadezinhas. A Gabriela sentou comigo em Vila do Conde e me contou pela primeira vez sobre a Variante Espiritual do Caminho Português, depois de Pontevedra, que ela e muitas outras pessoas já fizeram e recomendam fortemente. O Miguel e a Paula caminharam um dia todo comigo e mais uma espanhola, a Laura, e no final nos sentamos para comer uma pizza deliciosa em um lugar que ele adorava ir, além de continuar me mandando Bom Caminho até eu chegar a Santiago. O Avelino e seu amigo, dois professores que estavam fazendo uma etapa que já conheciam de cor e que a tornaram muito mais divertidas com suas histórias desse e de outros caminhos. O Luis Freixo e a Cristina que nos acompanharam e nos guiaram durante 2 dias, junto com o filho, a nora e o cachorro, e quando vimos éramos um grupo enorme de peregrinos faladores e felizes.

Caminho Portugues da Costa: Portugueses e peregrinos que conheci

No fim das contas, o Caminho é uma plataforma real para conhecer pessoas incríveis, como todos os que caminharam comigo durante os 12 dias desse meu novo roteiro. Foi muito mais fácil andar acompanhada, apesar das longas conversas e reflexões que tive comigo mesma nos momentos em que andei só – e muitas vezes você pode até andar envolvido nos seus pensamentos caminhando em silêncio ao lado de alguém. Tudo é válido. Já estou com saudades e quero voltar pra seguir as setas amarelas da próxima vez 😉

Caminho Portugues da Costa: flechas amigáveis

ONDE DORMIR QUANDO CHEGAR A SANTIAGO DE COMPOSTELA?

Se você está prestes a colocar a mochila nas costas e partir para o Caminho de Santiago, talvez te interesse saber que escrevi um mini guia prático com dicas para quem está na etapa de se preparar para o Caminho, entre elas como treinar, o que levar na mochila, como cuidar dos pés, etc.

Guia Caminho de Santiago That Good Trip

 

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Clique nas imagens abaixo para ampliá-las:

Mapa do Caminho Português da Costa

Albergues do Caminho Português da Costa

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