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Madrid, no pude vivir sin tí!

By abril 17th, 2016No Comments

 

Segunda-feira depois do Reveillón. Faz 13 dias que retornei a Madrid. De mais de 30 graus em Bali (Indonésia) pra algo perto de 3 graus, que se transformaram em menos 11 quando fomos passar o Natal em uma estação de esqui a 5 horas daqui (Formigal).
Sim, o blog da Ásia ficou meio abandonado. Mas eu explico: nessa viagem os meios de hospedagem não eram sempre os melhores. A maioria na Tailândia e Indonésia não tinha internet, e alguns tinham apenas 1 tomada pra ser dividida entre três pessoas em alguns casos…isso quando a tomada não estava com uma marca queimada na parede, daí então eu nem me atrevia a “enchufar” o meu computador lá. Tirando os dias de cansaso, a luz que não podia ser acesa pra não acordar os roomates, eu acabei aderindo ao diário a próprio punho no meu caderninho, pra depois ir atualizando as histórias pouco a pouco no blog.
Então agora ele ficará um pouco confuso, com histórias daqui misturado com histórias de lá, mas um índice resolverá toda a confusão, prometo!
O fato é que é ótimo voltar, e Madrid me fez ter vontade de escrever de novo 🙂
Eu levo ainda muito da viagem comigo. Coisas bobas, mas por exemplo, quando fui atravessar a rua outro dia eu parei antes da faixa de segurança. E um carro parou também e ficou esperando eu passar. Claro, tinha me esquecido que aqui os carros param pra você, e não você pra eles…e no metrô outro dia entrou um gringo perdido com um mapa na mão, e, claro, veio até mim. Me perguntava como chegar a Tribunal. Abrimos os mapa, expliquei, e descobri que ele só tinha uma tarde na cidade, então já lhe fui contando o que ele podia ver, onde podia ir e que metrô tinha que pegar até o aeroporto. O meu inglês estava “tinindo” tanto que ele não acreditou quando eu disse que era brasileira. E uma coisa que eu ando tendo raiva de alguns gringos é que eles pensam que ninguém é capaz de aprender outro idioma. “Como você fala inglês tão bem?” me perguntam às vezes. “Eu estudei”, respondo eu. E eles continuam com cara de interrogação. Agora só eles é que têm o direito de falar inglês??? Eu hein…enfim, no fim ainda cumprimentei ele com um aperto de mão, desejei bom dia em Madrid e boa viagem de volta, e saí do metrô. E o rapaz ficou me olhando como se eu fosse um fantasminha camarada hehehe. É que em Madrid é tão complicado achar alguém que explique o mundo aos gringos perdidos, que quando aparece alguém, assim, do nada, eles custam a acreditar que Papai Noel existe…Mas como eu já me vi na situação dele e já fui ajudada por anjinhos em alguns lugares, não me custa dar de volta o que já recebi, né?
Enfim, Madrid. Quando finalmente pus os pés no centro (estou morando temporariamente em Chueca), minha primeira providência foi comer o croissant de chocolate do Isolèe com um bom café com leite. Eu fazia isso uma vez por semana quando trabalhava por aquela área. Divino. Segunda providência: ir até a estátua do Urso e o Madroño, em Sol, para rever os amigos do couchsurfing e tomar uma caña no Museu del Jamón. Checked! A última das primeiras providências veio ontem: depois de dar uma passada básica no mercado dominical do Rastro (pra comprar meias, cachecóis, essas coisas iguais de básicas), fui ao bar La Ideal e fiquei na fila pra comprar o meu sanduba preferido de Madrid: o bocadillo de calamares. É incrível como nos fins de semana as pessoas fazem fila (longa) pra um sanduíche, mas ele merece.
To de volta, Madrid! Que felicidade 🙂
Suzana

Suzana

Jornalista e travel blogger. Aprende o que o mundo ensina e inspira as pessoas a viajarem. Já morou na Finlândia, já trabalhou na Disney, fez o Caminho Inca e vai como peregrina a Santiago de Compostela frequentemente. Vive atualmente em Madri e continua transformando seus feriados e férias de 23 dias ao ano nos melhores períodos da sua vida.

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