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De Battabang a Seam Reap em barco (Camboja)

By fevereiro 28th, 2016No Comments

Este blog é pra contar coisas interessantes e algumas idéias que tenho tido nessas andanças, e não fazer um passo a passo da minha viagem de 4 meses pelo Sudeste Asiático. Porque, como toda viagem, há coisas menos interessantes que outras, e eu não vou ficar lotando essas linhas de histórias desinteressantes…combinado? 🙂

Então corta Laos e entramos no Camboja. Sim, it’s a Holiday in Cambodia, como já cantavam os Dead Kennedy’s quando eu tinha uns 16 anos e ainda ouvia muito rock… Passei por Vientiane, fomos a Pakse, a 4 Thousand Islands, sem emoções enormes, e pegamos o ônibus que cruzaria a fronteira pro seguinte país e nos deixaria sãos e salvos em Phnom Penh. Claro que o ônibus quebrou no caminho, e paramos na estrada para ele ser consertado, mas nao teve jeito: a peça que quebrou essa vez era a que mantinha o ar condicionado funcionando…então continuamos a viagem “sudando como pollos” (adoro essa expressão espanhola), lendo livros, vendo itinerários, normal.

Phnom Penh foi bem interessantes, fomos ver os Killing Fields, um lugar afastado da cidade onde mataram um monte de gente no regime do tal do Pol Pot. E depois fomos ver uma escola que foi transformada em presídio e lugar de tortura dessas pessoas. Bem pesado. O Palácio Real e a Silver Pagoda são bem lindos….mas vocês querem emoção? 🙂 Achei super interessante o programa noturno dos cambojanos: eles se reúnem nas praças da cidade, colocam um auto-falante com música nas alturas e…dançam!!! Não parece aula grátis de aeróbica nem nada, simplesmente há algumas pessoas na frente liderando umas coreografias, e o resto do povo simplesmente segue. E todos sabem perfeitamente as coreografias, então eu acho que eles vão todas as noites dançar as mesmas danças. Achei super saudável, quase um flash mob diário. Os vídeos não ficaram lá aquelas coisas, mas aqui dá pra ver eles dançando e os carros passando na rua (super normal) e aqui dá pra ver as silhuetas das pessoas e suas coreografias. Adorei!!! Meu programa noturno com o Camilo (quando eu conseguia convencê-lo a não voltar pra frente do computador) era comprar milho cozido (adoro!) e ir sentar pra ver as pessoas dançando. (os vídeos ainda não estão disponíveis; culpa do Youtube. por favor, volte mais tarde porque valerá a pena vê-los!!)

A parada na cidade de Battabang foi interessante, fui conhecer o trem de bambu, uma engenhoca que ainda funciona…mas se vem outro vagão de bambu na direção contrária, um dos dois precisa ser desmotando e sair da pista para que o outro possa passar. Foi interessante! E em 2 anos parece que já não haverá mais isso, e sim uma linha de trem normal, grande e sem graça. Quem andou no trem de bambu andou, quem não andou…não anda mais!

E daí vem aquela pergunta: como ir a Seam Reap, nosso grande e esperado destino no Camboja…de ônibus por 3 horinhas ou de barco por 8 horas? 🙂

Claro que escolhemos o barco. Chega de ônibus, né? Estamos achando o Camboja super caro em relação ao Laos e ao Vietnã, e o tal passeio de barco não ia fugir da regra. Ele custou 16 dólares por pessoa (só o barco, sem incluir almoço nem nada), e achávamos que ia ser um barco bem legal, confortável….até que chegamos hoje de manhã  ao píer, e vimos um barquinho minúsculo, cheio de gente, criança e sacos de arroz (até tiveram que subir 2 deles pro teto pra dar lugar pra gente), que era o tal barco a Siem Reap…decepção geral, mas não tinha muito o que se fazer. Cada um no seu lugar e zarpamos….

Não é a primeira vez que começo um passeio com uma sensação esquisita de não ter recebido o serviço certo pela quantia que paguei, mas depois de trocentas horas dentro do barco, com certeza valeu a pena! Quando me disseram (e li no guia) que o passeio era inesquecível, eu imediatamente pensei que fosse pelo barco legal, bonito, com banheiro (não era nada disso)…mas na verdade um passeio, pra ser inesquecível, precisa ter todo o resto: as casas e vilas flutuantes que vimos….as escolas e a polícia flutuante…a correia do barco que quebrou e nos obrigou a parar em umas oficinas mecânicas flutuantes pra achar a correia com o tamanho ideal…o vendedor de picolé que vinha até o barco (e vendeu pra caramba!)….mil sacos de arroz espalhados entre a gente…igarapés….o pior banheiro que fui na vida (praticamente um lugar entre 4 paredes de madeira que deveria estar suspenso na água, mas ele estava no nivel da água…nem imagine o resto!)…pequenos canais, um rio que desembocava num lago imenso….pra um passeio ser inesquecível ele precisa ter tudo isso, menos o barco….o barco é, de longe, o que menos importa 🙂

Suzana

Suzana

Jornalista e travel blogger. Aprende o que o mundo ensina e inspira as pessoas a viajarem. Já morou na Finlândia, já trabalhou na Disney, fez o Caminho Inca e vai como peregrina a Santiago de Compostela frequentemente. Vive atualmente em Madri e continua transformando seus feriados e férias de 23 dias ao ano nos melhores períodos da sua vida.

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