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Carnaval de Salvador: modo de usar

By fevereiro 7th, 20205 Comentários

Estamos há poucos dias da melhor época do ano no Brasil: o Carnaval. Basta chegar fevereiro para que todos os problemas do mundo fiquem em segundo plano e as pessoas caiam na folia. Bom, pelo menos algumas delas, já que nem todo mundo gosta. O Carnaval de Salvador, na Bahia, é o meu favorito.

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Confesso que já fui a bloquinhos em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas ainda quero ter outras experiências carnavalescas, que estão no topo da minha bucket list só esperando que esse dia chegue. Mas ao Carnaval de Salvador sempre se vai e nunca se volta. Todos os cheiros, as sensações, a energia e a emoção estão impregnados em mim desde minha estréia no circuito Barra – Ondina em 2004 (leia aqui sobre a minha primeira vez). Voltei só mais 5 vezes depois disso, mais pela distância e outras viagens que por outra coisa, mas as últimas vezes eu já sabia de cor o que levar e como se celebra essa festa que arrasta multidões atrás de um trio elétrico. Confira a seguir as dicas pra aproveitar melhor o famoso Carnaval de Salvador.

 Dicas gerais:

1) Vá de tênis. De preferencia algum que esteja velho e surrado, mas que conserve algo de amortecimento. Lembre-se que você vai literalmente pular Carnaval – a expressão nesse caso faz todo o sentido. E vai levar pisões, vai passar por terrenos irregulares, pode até subir em morros ou acabar na praia. Poupe os seus pés e dedos de pequenos acidentes.

Carnaval de Salvador: o estado dos tênis

2) Use porta dólar. Nada mais é que uma pochete de pano pequena, daquelas invisíveis pra colocar dentro do shorts ou bermuda. É ali que você vai colocar seu (pouco) dinheiro e quem sabe aquela máquina fotográfica velha que, se for furtada, você não vai chorar tanto. Sempre vai ter alguém querendo vasculhar seu bolso na hora que o espaço diminuir, mas não vai passar disso. Imprescindível usá-lo no Carnaval de Salvador. Muito cuidado com o celular!

Carnaval de Salvador: porta dolar

3) Não leve chave. Nem de hotel nem de apartamento. Tente deixá-la em algum lugar alternativo ou esconderijo perto da porta do lugar onde você vai dormir. É uma coisa a menos pra você perder na rua.

4) Não leve celular. Combine o ponto de encontro e seja pontual, ou determine um período para se encontrar em que você poderá esperar tomando ou comendo algo, por exemplo. É o mesmo raciocínio do item anterior, uma coisa a menos para perder. Se for levar, guarde dentro do porta dólar.

5) Dinheiro. Leve o justo para passar algumas horas. Tenha em mente que você vai precisar se hidratar (da maneira que preferir) e comer quando a fome apertar. Guarde-o no porta dólar. Uma vez eu guardei uma parte dentro da meia e esqueci, e em algum momento tirei o tênis pra entrar no mar e o dinheiro se perdeu. Mas também é outro bom lugar pra levar seu dinheiro.

6) Bermuda ou shorts. Que sejam confortáveis, leves e bem ventilados. Estamos no verão e a temperatura dentro dos blocos no Carnaval de Salvador aumentam – e muito! Jeans é pesado, saia tem suas limitações.

7) Rua ou camarote. São as duas maneiras de participar do evento, com suas vantagens e desvantagens. Na rua você tem espaço pra dançar e pular, pra se mover e ficar perto do seu cantor favorito, mas há momentos bem apertados onde os suores se misturam, sem contar a chuva de vez em quando. No camarote você está mais confortável com comes e bebes à disposição, mas quase não consegue espaço para ver os trios quando eles passam e não pode se jogar lá de cima – e olha que dá vontade.

8) Visite Salvador. Se tiver tempo antes ou depois da folia, reserve uns dias pra relaxar e conhecer melhor a capital da Bahia: o que fazer em Salvador

 Pequeno dicionário do Carnaval de Salvador:

Carnaval de Salvador: vai uma piriguete?

A – Abadá. É a camiseta que funciona como seu ingresso dentro das cordas de um trio elétrico. É vendido pela internet nos sites oficiais de cada trio ou no mercado negro no Jardim Brasil (perto do shopping Barra) e outros locais. Use seu poder de negociação para conseguir boas ofertas.

B – Banheiro. No começo do circuito, no meio e no final você vai ver banheiros químicos na lateral da rua, já na calçada. Durante a festa, se a cerveja for muita, sempre se pode ir ao bloco de apoio ou dar uma escapada às ruas laterais aos vários bares e lanchonetes. Eles cobram de R$1 a R$3 pelo uso do sanitário.

C – Cordeiro. É a pessoa que carrega a corda do bloco durante todo o circuito, delimitando o espaço dos foliões que compraram o abadá dos que não compraram. Eles têm um trabalho duríssimo e ganham uma quantidade irrisória por ele. Mas tentam estar no bloco dos seus ídolos para se divertirem também.

D – Descansar. É crucial pra poder aguentar o tranco, afinal é uma semana inteira de festa. Durma bastante (se possível) e alimente-se bem. Alongue-se, ponha as pernas pra cima e relaxe quando chegar em casa. Só assim você estará novo em folha pro dia seguinte.

E – Empurra-empurra. Não tem jeito, uma festa pra milhões de pessoas vai incluir bastante contato corporal, principalmente se você for seguir algum bloco ou a pipoca. E tudo o que vem junto: suor, cerveja que cai, água que é jogada pra cima.

F – Filhos de Gandhi. É o bloco (afoxé) onde só saem homens vestidos com uma túnica branca, sandálias, turbante e um vidrinho de alfazema nas mãos. Mas a marca registrada deles são os colares de contas azuis e brancas, que são dados de presente às pessoas como uma espécie de amuleto (às vezes usa-se o beijo como moeda).

Carnaval de Salvador: Filhos de Gandhi em ação

Como funciona o Carnaval de Salvador:

Se você for no bloco:

Você chega com seus amigos à concentração do bloco que escolheu. O abadá te dá direito a entrar dentro da área das cordas, que ainda estão no chão. O trio começa a aquecer os instrumentos, as cordas sobem e o cantor aparece pra começar a música. O caminhão vai se movendo e todos movem junto com ele pelo circuito daquele dia (há dois principais: o Barra – Ondina e o Campo Grande). Pode-se comprar bebidas no carro de apoio, que vem atrás do carro principal (que é o que leva o cantor), ou dos vendedores ambulantes que andam ao lado da corda ou dentro do bloco. No carro de apoio também há banheiros. O circuito dura aproximadamente de quatro a seis horas.

Carnaval de Salvador: Ivete em cima do trio Demolidor

Se você for no camarote:

Vá no horário marcado e não esqueça o abadá e pulseira que te dá direito a distintas coisas dentro do camarote (open bar, comidas, massagem, etc). Aproveite para jantar ou comer lá mesmo, já que está tudo incluído. Quando cada trio passa em frente ao camarote, ele dá uma paradinha e toca até três músicas. Tente chegar um pouco antes se quiser conseguir lugar para ver o seu trio favorito. Quando o trio segue seu rumo na avenida, o camarote coloca suas próprias músicas (que podem ser até eletrônicas) e alguns têm shows de artistas famosos. É a chance de ir aproveitar mais um pouco das regalias até que passe outro trio, e assim por diante. Quem está no camarote pode descer pra rua e voltar sempre que quiser, mas precisa ter o abadá do trio para entrar nele.

Carnaval de Salvador: a vista dos camarotes

Se você for na pipoca:

Aqui vale a mesma regra para os que vão no bloco, porque a pipoca nada mais é do que um bloco democrático e imenso, sem cordas nem barreiras. Não precisa de abadá, e você pode ir andando ao lado dos blocos se conseguir. Alguns blocos são patrocinados pelo governo e saem sem corda, como o da Daniela Mercury, que vale muito à pena. As pipocas mais concorridas (e impossíveis de seguir) são as dos blocos mais disputados como o Camaleão, Coruja e Crocodilo. Mas você pode ficar parado em algum local na rua só vendo os trios passarem. É como um camarote, já que você vê vários trios, mas nesse caso é self service. Um bom local pra acompanhar os trios é o Farol da Barra. Se gostou do que viu, é só se unir ao bloco.

Leia também sobre essas curiosas festas espanholas: 

 

Onde se hospedar em Salvador



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crédito airbnb

Bom Carnaval pra quem vai! E boa nostalgia aos demais 🙂

Carnaval de Salvador: como aproveitar

Suzana

Suzana

Jornalista e travel blogger. Aprende o que o mundo ensina e inspira as pessoas a viajarem. Já morou na Finlândia, já trabalhou na Disney, fez o Caminho Inca e vai como peregrina a Santiago de Compostela frequentemente. Vive atualmente em Madri e continua transformando seus feriados e férias de 23 dias ao ano nos melhores períodos da sua vida.

5 Comentários

  • Pingback: Minha bucket list
  • Rayssa Pedroso Marchesan disse:

    Adorei o post! Queria saber mais sobre valores e quanto tempo de antecedencia eh necessario comprar os ingressos? Eh tranquilo comprar cada dia um bloco/camarote diferente pela internet?

    • Suzana disse:

      Oi Rayssa! Obrigada 🙂 , que bom que foi útil. Os valores dos abadás dependem do bloco: vai de 50 a 900 reais ou mais! Tem sites que vendem “combos” de abadás e podem dar algum desconto. Antecedência é fundamental, porque senão você corre o risco de ficar sem. E os abadás voam! Você tem que ver quando abrem pra compra e ser rápida. Você não pode comprar pela internet de um dia pro outro. Se você estiver indecisa, pode comprar um dia antes ou até no mesmo dia só nos mercados negros do abadá, que você compra diretamente com o revendedor. Mas não tem nenhum problema: é como uma grande feira e você vai perguntando preços e pode até pechinchar e chegar no valor que quer. Na internet os blocos maiores e mais disputados estarão esgotados com certeza! Vá monitorando nos sites e vendo os preços e os blocos que você gostaria de participar. Um abraço!

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